Abertura de exposição “Mulheres – Impressões de Corpo e Alma”, que aconteceu na Cadeia Velha de Santos, dia 25 de agosto. Curadoria de Márcia Okida. A Márcia convidou 30 mulheres designers, ilustradoras e fotógrafas e propôs o desafio de homenagear uma mulher e fazer uma ilustração autobiográfica
. As artes foram impressas em PVC, em ambos os lados. As artes estão no menu“projetos”.
Porque escolhi a Imperatriz Leopoldina
O Brasil tem em sua história grandes mulheres e homens que foram bons e corajosos. É preciso recuperar a memória histórica desses personagens para que o povo brasileiro tenha exemplos de dignidade e construa uma boa estima a respeito de si mesmo e do país.
Entre tais personalidades, está a Imperatriz Leopoldina. A princesa Habsburgo entrou para a história do Brasil apenas como a esposa triste e traída, um aspecto duro de sua vida particular. Porém, para fazer justiça a sua importância precisamos relembrar que na vida pública, como dirigente do país, teve papel fundamental na independência do Brasil e nos rumos políticos da época.
Foi a regente na ausência de D. Pedro I e assinou a declaração da Independência redigida por José Bonifácio antes mesmo que o marido a proclamasse. Pelas inúmeras cartas que deixou, percebe-se que adotou a causa brasileira. Trabalhou com afinco junto as cortes europeias para que aceitassem a autonomia do novo país. Um ano antes, em 1821, foi quem convenceu José Bonifácio a aceitar o cargo de ministro, o qual relutava em aceitar, pois ainda não confiava em D. Pedro I.
A Imperatriz falava onze línguas, tocava piano e dedicava-se aos estudos de mineralogia e botânica. Dedicou-se também à caridade, principalmente órfãos e viúvas do Rio de Janeiro. Foi amada pelo povo, que lamentou sua precoce morte, aos 29 anos de idade, em 1826.
Homenagem mais que justa, realmente precisamos valorizar os bons exemplos que temos em nossa história e essa mulher fez a diferença em muitas vidas, parabéns!